segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Le temps retrouvé

Neste solfejo de tempo que passou, a minha vida continuou, digo-o com um sorriso de mãe que olha o filho a gatinhar. Continuei igual a mim, envelheci, mudei, pus-me em causa, adicionei, fiquei feliz, infeliz, tive raiva e perdão, conhecimento e esquecimento. Fiz mais um bolo e decidi que quero uma toca, para partilhar com quem lá for. Decidi que vocês, sejam quem forem, me fazem falta qual joaninhas que voam pelos campos de trigo do meu coração...decidi mudar e ser melhor. Decidi que quem está está, quem não está estivesse. Perco este último segundo, a dizer adeus a quem já se despediu e foi. A asa que deixaste cair, faz forte o meu trigo. O vento que o abraça tira-lhe os filhos, sopra a semente tão forte e tão longe que de repente o mundo fica ainda mais pequeno. Agora sentes, agora sabes que permanecerás aqui apenas mais um pouco; não tarda nada...sairás a cantar!

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