domingo, 10 de janeiro de 2010

Uma carta de amor

Há coisas neste mundo que não se explicam, sentem-se apenas. Durante muito tempo, não fui teu amigo, nem meu. Durante muito tempo, olhei-te como uma adversária, quando na verdade eu era o meu próprio adversário.

Quando eu precisei que me dissessem que eu não era louco ou estúpido, tu fizeste-o da maneira mais terna possível e simplesmente foste a melhor amiga. Encontrar esta nossa amizade, sincera, apaixonada, ébria de anos, plena de cumplicidade, foi para mim dos acontecimentos desta década! Risos, não exagero. Afirmo.

De alguma forma que eu desconheço e que só tu foste capaz, pegaste numa manta quente e fizeste-me a cama; deste-me festas no pêlo até que adormecesse e tiraste parte da mágoa do meu coração. Disseste que havia de ser feliz, que as coisas haviam de correr bem. Não sei porquê, de todas as vezes que me disseram isso, só na tua voz senti verdade.

Existem pessoas na nossa vida que vão aparecendo e desaparecendo, actores/figurantes no nosso palco. Foi com lágrimas no coração que te vi, oh grande actriz, mudar de um papel já morto e desajustado à minha peça, para outro totalmente diferente, ao meu lado, quente e terno, preparada para festejar um novo acto desta nossa peça!

Amo-te, amizade! Para todo o sempre...

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