segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O Gosto dos Outros na minha boca...

Gosto imenso de parar. Adoro aquela sensação de aquário de peixes revoltos, que estrebucham, lutam por intenso oxigénio, por comida, por reprodução desenfreada...
Adoro parar no meio do aquário, ler nas expressões o cinzento e a luz com que ficam quando notam que alguém os olha e lê, sem saberem o quanto. São expressões de humanidade e eu não fujo delas, antes as procuro como que a certificar-me que ainda cá estamos, que quando chegamos a casa somos capazes de dar amor, carinho e sorrir intensamente.

Em quinze míseros minutos, vejo dor, amor, respeito e despeito. Vejo sorriso interior, exterior, vejo sonho e vejo vontade. Vejo silêncio e ouço corpos que falam, falam tanto...mãos que cruzam e puxam o corpo para si, com medo de o perder, que o percam...

Centenas, milhares de pessoas falam pela minha boca, sou arauto de palavras outras...

Arranjem a vossa palavra, são Homens como eu, Falem!

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